blog criado para estudar os efeitos negativos da religião na vida das pessoas e no Mundo.
Religião relacionada a escravidão. é como relacionar prostituta a prostituição e pedófilo a pedofilia
Gerar link
Facebook
X
Pinterest
E-mail
Outros aplicativos
Como viviam as pessoas escravizadas pela Igreja no Brasil
Article information
Author, Edison Veiga
Role, De Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil
As
grandes instituições religiosas do Brasil colonial e imperial tiveram
negros escravizados — e muitos. Pesquisas recentes apontam para um
número de escravos muito acima da média do que havia nas grandes
propriedades rurais, práticas de incentivo à procriação para aumentar a
quantidade de mão de obra e até mesmo uma tabela de preços para quem
quisesse comprar a alforria — com critérios específicos para precificar
cada ser humano.
Os
escravizados mantidos por mosteiros e conventos também eram obrigados a
professar a fé católica, participando de missas, momentos de orações e
recebendo os sacramentos.
Os
que se rebelavam quanto à conversão costumavam ser punidos com castigos
"de forma exemplar" ou seja, com intensidade suficiente para convencer
os demais a não repetir gestos de desobediência.
De
quebra, a luta pela aquisição de liberdade — ou seja, a compra de uma
carta de alforria — costumava ser mais difícil para um escravo de ordem
religiosa do que para alguém que estivesse sob o jugo de um senhor
leigo.
Por
outro lado, a libertação dos escravizados por mosteiros e conventos
ocorreu em 1871, 17 anos antes da assinatura da Lei Áurea, em 1888.
"Escravos da religião"
Autor do recém-lançado livro Escravos da Religião
(Ed. Appris), pesquisador na Universidade Federal Fluminense (UFF) e
idealizador do podcast Atlântico Negro, o historiador Vitor Hugo
Monteiro Franco revira arquivos da Ordem de São Bento desde 2014.
O
material foi tema de sua iniciação científica, de sua monografia de
conclusão de curso, de seu mestrado e, agora, está sendo esmiuçado em
seu doutorado.
"Uma das principais descobertas foi o próprio termo 'escravos da religião'", conta ele.
"Não foi um termo que eu criei. É um termo da época, que encontrei em livro de batismos. Foi um choque para mim."
Na
ocasião, ele estava analisando os registros dos nascidos no século 19
em propriedade rural mantida pelos beneditinos na Baixada Fluminense, a
Fazenda São Bento de Iguassú.
"Na
hora de qualificar os pais, o monge não os qualificava como 'escravos
da Ordem de São Bento', mas sim como 'escravos da religião'."
Para
o pesquisador, residia aí uma diferença fundamental entre o modo de
vida dos escravos mantidos por instituições religiosas: o fato de o
senhor não ser uma pessoa, mas sim uma entidade.
"Parece
simples, mas não é. A situação geral da escravidão no Brasil é de
escravos privados, de senhores leigos. No caso dos 'da religião', eles
não pertenciam a um monge específico, eram de propriedade coletiva. E
isso teve repercussões na vida dessas pessoas para sempre, porque
influenciava na forma, no dia a dia deles", diz o historiador.
Franco
ressalta que o cotidiano desses negros escravizados estava "regulado"
pelos hábitos religiosos do catolicismo e da vida monástica.
"Por
mais que a sede dos religiosos estivesse no centro do Rio e a fazenda
na Baixada Fluminense, sempre havia um monge cuidando de lá. Era o
chamado padre fazendeiro", contextualiza.
"Ele
fazia o trabalho espiritual: batizava as pessoas, casava-as,
sepultava-as. Os beneditinos eram um tipo de senhor que conhece muito
bem sua escravaria, anotando tudo em muitos detalhes."
"Os
monges conheciam cada momento, cada fase da vida dos seus escravizados.
Por mais que as propriedades fossem enormes, eles tinham o controle
administrativo sobre aquelas pessoas, ao contrário dos senhores leigos,
que muitas vezes tinham um contato muito pequeno com os escravizados",
compara.
"Isso
dava (aos religiosos) um poder muito grande. Ser 'escravo da religião'
significava ter sua vida controlada por uma instituição religiosa",
acrescentou Monteiro Franco.
SEXTA-FEIRA, 29 DE MAIO DE 2015 Evangélicos compõem a maioria nos presídios, mostra pesquisa O sociólogo Clemir Fernandes é coordenador de uma pesquisa que constatou, entre outros dados, que os evangélicos são "incontestavelmente” o grupo mais numeroso e disseminado nos presídios, principalmente no Rio de Janeiro. No Rio, evangélicos têm o privilégio de terem celas separadas A pesquisa “Assistência religiosa em prisões do Rio de Janeiro: um estudo a partir da perspectiva de servidores públicos, presos e agentes”, do Instituto de Estudos da Religião, será publicada nas próximas semanas. “Esta predominância acompanha uma tendência de crescimento dos evangélicos na sociedade apontada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)”, disse Fernandes. Ele destacou que, comparando o Censo de 2000 com o de 2010, houve o crescimento de 61% de evangélicos. A pesquisa de Fernandes mostra que a mudança do perfil dos presidiários, com o aumento significativo d...
Mundo Igreja teve 4400 denúncias de pedofilia na Austrália em 30 anos Uma investigação descobriu que 7% dos sacerdotes católicos do país foram acusados de abusar de crianças Por Da redação access_time 6 fev 2017, 11h04 - Atualizado em 6 fev 2017, 11h20 chat_bubble_outline more_horiz Imagem genérica de padre (iStockphoto/Getty Images) Entre 1980 e 2015, 4.444 incidentes de pedofilia foram denunciados às autoridades eclesiásticas da Igreja Católica na Austrália , mas as denúncias nunca foram investigadas, segundo os dados divulgados nesta segunda-feira por uma investigação de pedofilia na igreja. Em algumas dioceses, mais de 15% dos padres estavam envolvidos. Segundo o relatório da Real Comissão sobre Respostas Institucionais para Abusos Sexuais de Crianças, do governo australiano, 7% dos sacerdotes católicos foram acusados de abusar de crianças no país entre 1950 e 2010. A investigação descobriu ainda que cerca de 20% dos padr...
Comentários
Postar um comentário