E depois o cristão vem na cara de pau falar que eles são melhores que os islãs do qual tanto falam mal

Idosa é agredida a pedradas e família denuncia intolerância religiosa em Nova Iguaçu

Vítima de 65 anos sofreu lesões no rosto e no braço. Segundo a filha, agressora é uma vizinha que a discrimina por conta de sua religião.

Por Daniel Silveira, G1 Rio
 

Maria da Conceição, de 65 anos, sofreu diversos ferimentos no rosto e precisou levar pontos na testa e na boca (Foto: Arquivo Pessoal)Maria da Conceição, de 65 anos, sofreu diversos ferimentos no rosto e precisou levar pontos na testa e na boca (Foto: Arquivo Pessoal)
Maria da Conceição, de 65 anos, sofreu diversos ferimentos no rosto e precisou levar pontos na testa e na boca (Foto: Arquivo Pessoal)
Uma idosa de 65 anos sofreu ferimentos no rosto, na boca e no braço ao ser agredida a pedradas em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. De acordo com a família, ela foi vítima de intolerância religiosa.
Maria da Conceição Cerqueira da Silva foi socorrida no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) na sexta-feira (18). Levou pontos na testa e na boca. Ferimentos que, segundo a filha, foram provocados por uma pedrada arremessada por uma vizinha.
Migrante nordestina, Maria estabeleceu moradia em Nova Iguaçu há quatro décadas. Candomblecista, passou a sofrer constantes ataques verbais por parte da vizinhança, segundo afirmou a filha dela, a vendedora Eliane Nascimento da Silva, de 42 anos.
“Isso [as ofensas e ataques verbais] já vem de longa data. Mas nunca tinha acontecido uma agressão física assim contra a nossa família”, disse Eliane.
A vendedora contou que também recebe ofensas por conta de sua religião. Ao contrário da mãe, ela é umbandista, prática também de matriz africana.
“Eu engulo calada [as ofensas]. A minha mãe não, ela enfrenta. Ela tem sangue nordestino, é uma idosa, semianalfabeta, e acaba revidando as agressões verbais. Só que o que fizeram com ela dessa vez foi uma covardia”, ressaltou.
Segundo Eliane, nesta sexta a mãe passava pela rua quando ouviu uma vizinha, que reiteradamente lhe dirige ofensas, dizer “lá vem essa velha macumbeira. Hoje eu acabo com ela”. Maria foi tirar satisfações e a vizinha pegou uma pedra no chão e arremessou contra a idosa.
“Ela [a vizinha] estava com a filha pequena no colo. A menina começou a chorar porque não entendeu o motivo da mãe fazer aquilo. Minha mãe chegou em casa esvaindo em sangue e o meu pai, um senhor de 72 anos, ficou desesperado sem saber o que fazer”, contou Eliane.
Maria também sofreu ferimento no braço após ser atingida por pedra (Foto: Arquivo Pessoal)Maria também sofreu ferimento no braço após ser atingida por pedra (Foto: Arquivo Pessoal)
Maria também sofreu ferimento no braço após ser atingida por pedra (Foto: Arquivo Pessoal)
Maria mostra mão ferida após ter sido agredida por conta de sua prática religiosa (Foto: Arquivo Pessoal)Maria mostra mão ferida após ter sido agredida por conta de sua prática religiosa (Foto: Arquivo Pessoal)
Maria mostra mão ferida após ter sido agredida por conta de sua prática religiosa (Foto: Arquivo Pessoal)

Secretaria de Direitos Humanos vai interferir no caso

Em nota, a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos (SEDHMI) informou que ofereceu assistência jurídica psicológica e social e que espera a vítima nesta segunda-feira na sede do órgão. 
Além disso, a secretaria destacou que solicitará à Polícia Civil que o caso seja registrado como intolerância religiosa e acompanhará de perto as investigações.
"Casos como esse são inadmissíveis em nosso estado. Esta senhora foi vítima, no mínimo, de dois crimes: intolerância religiosa e agressão contra idosos. O crescimento do número de casos de intolerância e o aumento da sua gravidade reforçam a urgência da criação da Delegacia de Crimea Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Crimes como esse, que envolvem o preconceito não só religioso, mas também à pessoa idosa, precisam ser combatidos. Pedimos para quem for vítima de qualquer agressão motiva por intolerância ou preconceito entre em contato com o nosso Disque Combate ao Preconceito", explicou secretário Átila Nunes em comunicado à imprensa.
Ainda de acordo com a secretaria, dados do Disque 100 mostram que as denúncias de casos de intolerância religiosa aumentaram em 119% no ano passado em relação ao ano anterior. Foram 79 ocorrências.
Denúncias de casos de intolerância religiosa podem ser feitas através do Disque Combate ao Preconceito, no telefone (21) 2334 9551, de segunda a sexta-feira das 10h às 16h.

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